domingo, 6 de dezembro de 2009

Primaveras a invernos


Nos dias em que as flores estiveram mais floridas e coloridas do mais perfeito rosa, com os campos mais verdes que já existiram e o céu pintado de um azul milagroso; Nos dias em que o céu esteve o cinza mais escuro e os relâmpagos o cortavam como a faca mais amolada que houvera existido e os campos não tinham mais vida como antes, as flores não eram mais rosas, nem existiam flores nesse novo campo, nem existiam grama no mesmo. Não parecia que algum dia reinou um sol, nem vida, menos ainda que o arco-íris da felcidade passara por lá. Nos dias de outono após tal tempestade, onde nem mesmo as folhas queriam continuar nas árvores, preferiam doar sua vida ao ter que passar por tamanho sofrimento; Nos dias em que nenhum fruto quis amadurecer para diminuir tamanha fome e amargura que existia nas bocas sedentas por algo que lhes provasse que ainda existia motivo para sorrir. Nos dias de primavera em que a brisa era tão suave quanto nosso abraço e o sol caloroso como tal, as flores exalavam o mais maginífico e celestial perfume que podiam; Nós estivemos juntas, compartilhando de toda beleza, dividindo toda felicidade ou até mesmo a tristeza para subtraí-la. E não importa o que aconteça estaremos sempre juntas para outro dia de sol, de chuva, outro outono cruel, ou primavera mais doce que mel, pois sabemos que se estivermos unidas nós pintaremos nosso próprio arco-íris no céu.

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