quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O fim


Hoje, decidi e me proibi. É, me proibi de pensar, de lembrar, de tentar, de chorar, de sorrir lembrando, me proibi de sentir, de qualquer coisa que lembre, até mesmo de ouvir. O filme é bom enquanto a história é contada, assim como o livro é bom durante a leitura, mas e quando acaba? vem a falta seguida, finalmente, da conclusão: que aqui ja não estás, e nem estarás jamais. Este é o momento de perceber que chegou ao limite, o filme e o livro são só uma fantasia assim como o que você dizia sentir. Definitivamente, decidi esquecer, ou pelo menos fingir que isso aconteceu. Afinal,o que obviamente não é mostrado não é visível aos olhos. Dessa forma eu não demonstro e não terás mais que fingir que se importa com quaisquer sentimentos que venham de mim, ou até mesmo atitudes.
Hoje, enterro todas a lembranças, todos os sentimentos, todos os sorrisos, todas as lágrimas, e acima de tudo, enterro você. É isso que resta no fim, não é mesmo? Um livro em branco, ainda que com páginas arrancadas e jogadas fora; uma caneta com tinta, mesmo que preta; e uma autora cansada, mas que não parará de escrever jamais.

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