segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O erro


O erro foi meu! O erro foi meu de ter me atirado em um precipício realmente achando que pudesse voar, mas tudo era maravilhosamente perfeito como poderia eu resistir a tamanho sentimento? E enquanto desfrutava dele pude reparar que o céu era pintado à mão de um alaranjado deslumbrante o qual me fazia querer perdurar naquele sonho eternamente; Vi gaivotas rasgarem o horizonte e irem adentro do sol. E o sol, ah que sol! Era calmo e doce, tão equilibrado e tranquilizante, até mesmo o peixes saltitavam para tentar chegar perto da felicidade que ele nos proporcionava somente de olhar, era de se arrombar a retina. E o som das levez ondas banhando a areia com o carinho de um amante perdidamente apaixonado e com o olhar de quem corteja sua amada; Pude ver as montanhas com sorrisos de paz me trazendo a calmaria infindável enquanto tocavam o mar calmo e acolhedor como um berço. Porém, o berço que eu via na imensidão azul não era o mesmo que esperava para meu pouso, era de pedras duras e pontiagudas e o tempo em que achei que estivesse voando, ou pelo menos planando, foi um equívoco. Eu estava na verdade caindo e só pude perceber quando senti a pancada com o solo, e agora o que me restou? Apenas lembranças de um vôo que só existiu para mim, de uma paixão que só teve início em minha mente e as cicatrizes que doem mais que os próprios machucados.

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